pareço azeda, mas não sou. pareço magoada, mas não tô. nem de saco cheio. é que.. é mais fácil reclamar, dizer que tudo tá uma merda e roubar de alguma garrafa, um entorpecente para se fingir de "desmemoriada", para se esquecer do dia ou reinventar um motivo para resmungar. estou com receio de escrever, perdi o trem uma porção de vezes. não me exponho, e não é só em palavras. tenho um medo absurdo de protagonistas. na verdade não. acho que é ao contrário, me falta medo. sem isso tudo fica sem expectativa. e então você vai andando.. andando... sem encontrar alguém convincente o bastante para te fazer parar. de lá para cá dá para contar nos dedos as grandes surpresas. mas será que ultimamente tenho surpreendido alguém? será que eu tenho o direito de exigir isso daqueles que cruzam o meu caminho ou mesmo da vida? continuo olhando para os lados procurando um ponto vermelho, chamativo, assim como escrevo; desenfreadamente sem dizer ao certo o que eu pretendo. e se eu encontrar, quem me garante que não vou olhar com a mesma cara de agora?
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