sábado, 13 de junho de 2009

não sabe, mas sorri

pareço boba. estou boba. sou acordada às 9h da madrugada em pleno sábado e nenhum palavrão é encontrado no meu vocabulário. "você tem alguma coisa para me contar", disse ela afoita. "nenhuma que eu já não tenha repetido dezenas de vezes", disse eu deixando as covinhas do rosto aparecerem lentamente. "mas sempre é um plano diferente, o que foi dessa vez?", argumentou, recolhida no canto da cama, trazendo um travesseiro para si. então eu deixei escapar uma história qualquer sobre a noite passada, a repeito das estrelas: "disse: diga alguma coisa sob as estrelas. entre eu e elas existe uma relação, então pense bem no que vai dizer", contei de forma aleatória. sabendo muito bem do que eu dizia, com os olhos esbugalhados,soltou um gritinho agudo e perguntou: "e daí?? o que ele disse?". titubeando as palavras, apreseitei-lhe as minhas covinhas: "chet baker, koko taylor e etta james, e nenhum clichê a mais", contei fugindo do quarto, sob uma tempestade de perguntas e reprovações.

2 comentários:

Anônimo disse...

rere...javanês...tb não saquei nada daquela equação, pois foi um sonho...comecei a me livrar das minhas histórias cabeludas, foi isso...gosto do seu texto sincopado, com lacunas...gosta de ouvir jackson do pandeiro?

Anônimo disse...

ai, santa etta james embalando minhas noites de amor. ok, não entrarei em detalhes.