domingo, 14 de setembro de 2008

o que sobrou

tá me faltando sensibilidade esse mês. observei que não consigo escrever uma linha, de forma descente, e que eu preciso me esforçar para me emocionar com algumas coisas. me faltam histórias de guarda-chuvas vermelhos, quartos vazios, espelhos, sorrisos no balcão de um bar. até existem as histórias, o que fugiu foram as palavras. racionalizei o meu drama, fiz dele estatísticas e estratégias. mas, o que é isso? essa coisa que te faz perceber que a vontade de estar sozinha, todos os dias, é perda de tempo? não, não é. apenas é medo de se acostumar com as manias. sempre achei cretino vangloriar as manias que não te fazem evoluir, mudar e sentir novas sensações. fico apavorada com a estagnação ou de olhar no espelho e ver a mesma de sempre; com os mesmos filmes favoritos, os mesmos livros, as mesmas histórias e as mesmas palavras. hoje tenho uma revista de econômia, uma filmadora, um livro sobre a política americana e remédios para para tratar da renite, sobre a mesa . definitivamente alguma coisa mudou.

2 comentários:

ROS disse...

o importante é que algo aconteça...qualquer coisa que seja, mesmo.

spy. disse...

você, estagnar? foi a que mais mudou esses anos todos. física (embora eu tenha dado meus pulos também, nesse aspecto) e psicologicamente. ora pra melhor, ora pra 'pior'.
o que importa é que gosto do seu 'você', já aprendi a conviver com ele. e pela legitimidade que esses quase dez anos me dão, posso dizer que você não é uma pessoa conformada e/ou acomodada. uma lição que eu deveria aprender melhor, inclusive.
enfim, és meu orgulhinho, biba!
beijo e queijo.