domingo, 10 de agosto de 2008

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_ Eu já tinha visto ela por aí, mas nunca nos falamos.
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_Imagina, eu teria que estar bêbada, a ponto de cair, para dizer um "oi", mal consigo olhar para ele
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_Você viu o jeito que ela olha, passa os olhos em todos os lugares, menos para esse lado.
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_Você viu como ele sorri? é para mim? não vejo muito bem.
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_ Sempre tive vontade de conversar com ela. Não tem como nunca ter percebido os encontros frequentes
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_ De repente eu estava no semáforo e pensei, "ele trabalha aqui". Assim que apontei para o lugar ele estava do meu lado, dentro do carro... virei o rosto para o lado e fingi que não vi, pensei "não é possivel!"
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_ Esses dias a vi de relance, quando tava na porta da agência, acho que não me viu
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_ Será que tem alguém por aí empurrando ele para mim?
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_Se bem que ela não parece do tipo que se importa com o acaso.
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_Ah meu Deus, ele é homem. Eles não reparam muito se já encontrou com a mesma mulher um milhão de vezes. Tive amigos que tiveram a capacidade de pegar a mesma mulher, e reparar só depois de pegar anotar o telefone: "Selma Corrêa, ? , eu já tenho você no meu celular."
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_ Vai me achar um idiota se eu comentar que já vi antes.
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_Cansei, da próxima vez tenho que fazer alguma coisa... dizer "já encontrei você por aí".. não sou muito boa nisso.

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Um comentário:

ROS disse...

(eu já disse que a gente faz parte de uma nova geração de poesia - mas isso não dá dinheiro)

"Se bem que ela não parece do tipo que se importa com o acaso."
Só agora eu percebi como o acaso é desprezado. Será que isso é só intelectualismo (ciência) ou vontade de que algo na vida seja certo?





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Num café da manhã de domingo muito cedo,

enquanto o mundo inteiro lá fora
está morto.