ligou para ele, ninguém atendeu. sozinha em casa, sóbria, como nunca esteve antes; catando as peças de roupas jogadas no meio do caminho, murmurando, desejando. sábado a noite,
cds bagunçados, cabelo penteado, unhas pintadas e sem vontade de ver outra pessoa. "ilusões perdidas" de lado;
balzac já se acostumou vê-la dramatizar as
bobagens da vida. rodopia pelos calcanhares e simula uns passos de dança com os olhos fixos em suas unhas vermelhas dos pés. sente falta dele, o que vai ser do "dele do futuro"?. ele existe, ela sabe, mas finge não ver. o que há com ela? para onde vão todos os bons roteiros criados para os outros e que não sobram, não chegam até ela?
4 comentários:
Sério? E eu quase nem ouço o last.fm!
Eu fico baixando álbum direto, e tem tanto CD na pasta "pra ouvir" no meu Desktop que nem dá tempo de ouvir tudo.
uau esse seu post parece tão...inspirado. :)
até, minha querida amiga.
PS: Caramba, me ocorreu agora que eu gostaria de escrever cartas, pena que isso saiu de moda...
Dançar apoiada nos calcanhares, olhar paras unhas do pé e fingir que nada acontece e ao mesmo tempo pensar em tudo e no por quê de tudo... Eu já vi essa cena. Já vivi essa cena.
Tudo que eu queria era que minha vida tivesse um roteirista, sabe?
:*
nossa... esse post foi lindooo!
tenho que dizer novamente que somos bem parecidas, mas vc é uma versão melhorada que escreve muito bem!
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