sábado, 29 de março de 2008

bateu a porta, entrou numa sala que parecia não ser habitada há anos. jogou a sua bolsa de camurça marrom, gasta, esbranquiçada sobre um sofá coberto por uma colcha de tecidos puídos. caminhou sob o corredor escuro, decorado com papel de parede florido, abrigando quadros emoldurados em madeira, ausente de imagens, somente vidros amarelados. um pé atrás do outro, ritmado e constante, feitos velhas canções de folk, passos roucos e arrastados.

Um comentário:

Nathália E. disse...

Pensei numa casa abandonada, sendo invadida pela presença de alguém que se sentisse sozinho...